*Resenha* Aurora Burning
Comprei o primeiro livro dessa série ano passado sem muitas pretensões e acabei gostando bastante. Foi minha primeira leitura dos autores Amie Kaufman e Jay Kristoff, e foi o suficiente para que ficasse ansiosa com a continuação.
Voltamos a acompanhar a equipe 312, fugitivos acusados de terrorismo. Eles continuam em sua missão de ajudar Aurora a parar a terrível espécie parasita Raham, enquanto precisam se manter fora do radar das forças da Legião Aurora, da Terra e de Trask. Sem contar os qualquer um que possa querer uma recompensa pela captura deles, ou os terroristas reais de Syldra.
O livro começa bem onde o anterior parou, e logo de início tem bastante ação. Essas cenas de ação são muito boas, intercaladas sempre da troca de farpas entre os personagens, o que é muito engraçado.
Em meio às perseguições, fugas e batalhas espaciais, há momentos bem parados também, o que eu senti que atrapalhou um pouco o ritmo. O romance entre Auri e Kal se tornou bem maçante e faz com que Aurora aja de forma bem estúpida.
Esse volume trouxe, acima de tudo, desenvolvimento para os personagens, e para mim essa foi a melhor parte. Os estereótipos que conhecemos no livro anterior estão evoluindo com a ajuda um do outro. Meus personagens favoritos, Finian e Zila, foram os que mais cresceram.
Fin não é só comentários sarcásticos, ele demonstra que se importa de verdade com seus companheiros, e tem ótimos momentos com todos. Já Zila passa a se questionar sobre seus sentimentos em geral, depois de tanto tempo em que ela os manteve trancados lá no fundo, e descobrimos sobre o passado que tirou seus pais e sua confiança nos outros.
A equipe passa boa parte da trama dividida, e isso faz com que Scarlet tome a posição de líder. Sem seu irmão gêmeo Tyler para comandar, Scar se mostra mais do que capaz de tomar decisões difíceis e liderar seus companheiros em situações complicadas.
Eu adoro os gêmeos Jones, é tão triste tê-los separados!
Ty, por sua vez, tem que colocar sua cabeça de estrategista para funcionar apesar do impacto emocional de estar longe da equipe e de sua irmã, e da perda de Cat no livro anterior. Além disso, ele tem que aguentar a irmã de Kal e líder do exército Syldrathi. Eu queria muito gostar de Saedii, mas ela passa a maior parte do tempo sendo arrogante, xingando e ameaçando, ao invés de ouvir Tyler e ajudar. Apesar disso, os dois chegam à algumas conclusões e revelações chocantes juntos.
Enquanto isso, Auri está tentando entender seus poderes e o que deve fazer, e ela passa por várias provações e faz descobertas, mas não senti que ela de fato evoluiu como personagem. É triste, mas Aurora segue sendo a que eu menos gosto da equipe 312.
O pobre Kal, meu elfo espacial com coração de poeta que pode matar uma pessoa com, tipo, um movimento, é meio que arrastado de um lado para o outro por Auri, graças aos sentimentos por ela. Eu gostaria que ele tivesse mais desenvolvimento próprio, mas pelo menos temos algumas revelações sobre sua infância e seus pais que abrem possibilidades para o próximo volume.
Falando nisso, nem sei como lidar com o final desse livro. Acaba literalmente no meio do nada, deixando TODOS os personagens em situações de vida ou morte, e não sei como isso pode afetar o começo do terceiro livro.
No geral, Aurora Burning trouxe mais perguntas do que respostas. Porém, isso só me deixa mais curiosa para o próximo, porque a história realmente me faz querer saber o que vai acontecer, e como as situações vão se resolver.
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