*Resenha* We Hunt The Flame
Amo a capa desse livro e a premissa é bem intrigante, e minha curiosidade aumentou depois de ver uma entrevista com a autora Hafsah Faizal.
Zafira é o Caçador, obrigada a se disfarçar de homem em uma terra que não respeita mulheres, e é a única que consegue entrar na floresta amaldiçoada chamada Arz e sair de lá com sanidade. Nasir é o Príncipe da Morte, um assassino bem treinado que mata todos aqueles que seu pai, o Sultão, acredita serem inimigos do reino. Os dois partem em uma jornada que pode trazer magia de volta à Arawyia, mas com missões diferentes: Zafira, como o Caçador, deve localizar um antigo artefato, e Nasir deve acompanhar o Caçador e, quando o artefato for encontrado, matá-lo. Mas existem outras forças em jogo, seres antigos e magia maligna diferente de tudo que eles já viram, e que podem mudar o destino de Arawyia.
Eu achei o começo um pouco confuso e demorei um pouco para entrar na história, mas quando entrei, não queria mais sair. Da metade até o final, quando as coisas começam a se encaixar e fazer mais sentido, é cheio de ação, desenvolvimento dos personagens e exploração da mitologia. O final é bombástico e mal posso esperar para We Free The Stars, a continuação, ser lançada no começo de 2021.
O universo e mitologia são inspirado na Antiga Arabia, e nomes e expressões em árabe permeiam a trama. Há um guia de pronúncia no final que foi bem útil, mas não deveria ser necessário.
A magia sumiu do reino de Arawyia e em seu lugar surgiu o Arz, uma floresta amaldiçoada que continua a crescer e ameaça engolir os vilarejos e cidades. Zafira não sabe o motivo de ser a única a conseguir enfrentar o Arz, mas sabe que se ela não caçar na floresta, seu povo não terá o que comer. Só que seu governante acredita que mulheres são amaldiçoadas e Zafira teme o que pode acontecer se descobrirem que o Caçador é uma garota. Ela tem tanto peso nas costas que não consegue se imaginar não sendo o Caçador. Quando ela parte em sua missão, acompanhada de seu melhor amigo Deen, deixar sua mãe, irmã e melhor amiga para traz, sem saber se vai voltar ou se será bem sucedida, é uma decisão muito difícil.
Nazir é temido por todos no reino, mas ele sofre nas mãos do pai, que não permite que ele tenha um momento de fraqueza. Ele sente falta da mãe e se pergunta se o homem que a Sultana se apaixonou ainda existe em seu pai. Ele é muito solitário e não confia em ninguém, pois sabe que se aproximar de alguém só colocaria a pessoa em perigo. O Príncipe da Morte não sabe quais são os planos do Sultão para o artefato que pode restaurar a magia, mas não é seu lugar questionar ordens.
Os personagens são cheios de camadas que vão sendo reveladas conforme a história avança. Zafira e Nasir são muito fechados, mesmo em seus pontos de vista eles revelam muito lentamente o que estão sentindo, por serem muito focados em suas missões.
Eu tenho um queda pelo personagens sarcásticos e, nesse caso, o personagem é o Altair, homem de confiança do Sultão e única pessoa que parece não ter medo de Nasir. Ele tem conexões misteriosas e parece saber mais do que todo mundo.
O ato final é cheio de revelações chocantes e ganchos para a sequência, inclusive mostrando um pouco de outros personagens que não não estavam com Nasir e Zafira, e abrindo várias possibilidades sobre como a história vai se desenrolar.
Fiquei bastante curiosa e animada para ler o próximo, apesar do início meio confuso. Mas acho que o livro em si é como Zafira e Nasir, você vai conhecendo e descobrindo aos poucos, desvendando, até que percebe que está apaixonado.
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