*Resenha* This Coven Won’t Break
Estava bem ansiosa para a continuação de These Witches Don’t Burn - postei a resenha lá no mês de junho - da Isabel Sterling.
Depois de escapar de um caçador de bruxas, Hannah e o coven de Salem estão em alerta. O conselho inicia uma investigação para descobrir os planos dos caçadores e impedi-los. Mas os caçadores são uma organização de pessoas poderosas que desenvolveram uma droga capaz de tirar a magia de uma bruxa, e conseguiram acabar com um coven inteiro em um golpe só. Hannah quer vingança pelas perdas que sofreu, ao mesmo tempo que quer ter uma vida normal, aproveitar seu último ano e sua namorada Morgan. A ameaça é grande e perto demais para ignorar, e Hannah pode ser a chave para salvar seu povo.
Esse livro traz muita expansão de todo universo de bruxas e caçadores. Se no primeiro livro a história era focada mais em bruxas elementais e o coven de Salem, agora vemos como os outros dois tipos de bruxas operam, como funciona o conselho que governa as bruxas dos EUA e as leis que impedem que os regs - pessoas sem magia - descubram sobre as bruxas. Além disso, a organização dos caçadores também é explorada.
Hannah quer muito ajudar o conselho de qualquer forma e, principalmente, quer vingança. O problema é que ela não está psicologicamente bem para agir quando o dever chama, e várias vezes me irritou como ela congelava - apesar de ser compreensível, ela teve um grande trauma no livro anterior.
Os caçadores chamam a droga que criaram se cura, como se tirar a magia das bruxas fosse curá-las de uma doença. Eles fazem isso contra a vontade das bruxas, sem que elas saibam, silenciosamente atacando covens. Tirar a magia é tirar uma parte da identidade, é tirar algo que as bruxas nem sempre podem viver sem, mas os caçadores acreditam que é o certo, pois bruxas não podem ser perigosas se a magia lhes for tirada.
A história toda é uma metáfora sobre preconceito, sobre odiar uma pessoa - ou um povo - simplesmente por ser que é. Aquele preconceito ensinado, doutrinado, quase uma lavagem cerebral que faz com que jovens cresçam odiando quem é diferente.
Também traz o medo que um povo oprimido pode sentir de outros. As bruxas têm leis muito rígidas sobre relevar o segredo aos regs - é proibido de todas as maneiras - pois temem o que pode acontecer caso se revelem ao mundo. Esse medo faz que as punições àqueles que não seguem a lei sejam severas, vistas por alguns como severas demais. E até quando viver escondido será o suficiente? Até que ponto é necessário se sacrificar para manter em segredo quem você?
Achei a resolução final bem executada, e o destino dos personagens bem condizente com que eu gostaria de ver acontecer - casais que ficaram juntos, vilões que foram punidos, laços que foram formados. O final é bem esperançoso, mostrando que medo e ódio nunca saíram vitoriosos enquanto existirem pessoas dispostas a lutar.
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