*Resenha* Sword in the Stars
Li Once and Future ano passado e fiquei completamente apaixonada pela história e pelos personagens. A história segue Ari, a mais recente encarnação do Rei Artur, que viaja pela galáxia com seu irmão adotivo Kay, tentando encontrar suas mães desaparecidas e fugir da Corporação Mercer, uma entidade capitalista que praticamente tomou conta do universo, basicamente. O mago Merlin passou milhares de anos tentando ajudar as diversas encarnações do Rei Artur a completar a missão original de unir todos os povos e trazer paz, mas nunca foi bem sucedido. Amaldiçoado a envelhecer ao contrário – ou seja, ele fica cada mais vez jovem -, ele se encontra como um jovem adulto em um futuro tecnológico e espacial com a primeira Artur mulher, e tem esperança de que essa mudança pode ser a chave do sucesso.
A sequência, Sword in the Stars, se inicia exatamente onde o primeiro terminou. Ari e seus cavaleiros arco-íris voltaram para o tempo de Camelot a fim de roubar o Cálice Sagrado para entregar à Corporação Mercer, em troca de liberdade para o povo do planeta ancestral de Ari e os refugiados de Lionel, o planeta medieval onde Gwen é rainha. O plano é interceptar o cálice sem mudar nada da história, e voltar para o ponto no tempo de onde vieram, assim Mercer nem saberia que saíram do lugar. Mas nada é tão simples.
A trama basicamente acontece em Camelot, com o grupo tentando lidar com a sociedade medieval e se encaixar em papeis que os possibilitem ficar perto de Artur até o momento em que o Cálice aparece. O que é mais complicado do que eles pensavam, sendo um grupo tão diverso: Jordan não pode lutar como cavaleiro por ser mulher, Gwen precisa esconder sua gravidez, Lem e Ari devem se passar por homens, apesar de Lem ser de gênero fluido e Ari ser uma mulher cis. Ari e Gwen mais uma vez são obrigadas a ficarem separadas, e não apenas por serem duas mulheres apaixonadas.
Apesar dessas dificuldades, foi interessante ver como cada um se adaptou ao seu lugar, principalmente Lem, que vê pessoas que se beneficiariam de solidariedade e que, como todos em seu grupo, não se encaixam no padrão heterossexual- cisgênero da época. Logo de cara Lem coloca embaixo de sua asa um garotinho trans, e começa a promover encontros para pessoas como eles se sentirem mais aceitos e confortáveis em seus corpos.
Eu adoro histórias de viagem no tempo, e adoro a ideia de se infiltrar no passado. Nesse caso, a única pessoa que esteve presente em Camelot foi Merlin, e ele se vê frente à frente com a figura polêmica de seu eu velho, o famoso e poderoso Mago Merlin. É bem engraçado ver esse velho suspeito e o jovem e adoravelmente confuso Merlin lado a lado, uma vez que a versão jovem é quem tem mais conhecimento, e mesmo assim o velho é quem age como um sábio – mesmo sendo meio maluco e obsessivo.
Ou seja, Merlin foi o melhor personagem, na minha opinião. O crescimento dele, de alívio cômico e mentor dos vários Arturs para herói da sua própria história, é imenso nesse livro. Ele encara – literalmente – os erros do passado, busca suas origens e precisa encontrar um jeito de parar de rejuvenescer antes que vire um bebê de fraldas. Sem falar em seu amor por Val, e como ele lida com o fato de estar cada vez mais jovem enquanto seu namorado envelhece normalmente. O Merlin pré-adolescente é hilário, com seus ataques de risinhos cada vez que alguém diz um palavrão e o rubor nas bochechas sempre que Val olha em sua direção.
A outra personagem principal é Ari. No primeiro livro, ela teve que se adaptar ao papel de Artur, lutar contra Mercer, salvar vidas e unir os povos em busca de liberdade, e chegou em bem perto disso. Agora, ela deve assumir outro papel – já que o Artur original está presente – e isso mexe com sua cabeça. Estar longe de Gwen, especialmente durante o período de gravidez, é uma tortura, assim como pensar na possibilidade de o bebê nascer ali, em um período em que medicina e tecnologia não estavam exatamente desenvolvidos caso algo desse errado no parto.
Eu não gostei tanto quanto o primeiro volume, no geral. Senti que a história se desviou um pouco do objetivo inicial, que era levar o cálice para o futuro e convencer a Corporação Mercer a lhes conceder liberdade. No primeiro livro, que se passa no futuro, há viagens espaciais, planetas distantes, povos em perigo, além de magia, e os inimigos eram Mercer e a feiticeira Morgana. Nesse volume, apenas o último ato se passa no futuro, com a história toda se passando em Camelot, e lidando mais com os desenvolvimentos de certos personagens do que com a resolução dos problemas. Além disso, um novo vilão aparece e tudo é resolvido de forma muito rápida.
Acho que essa história merecia ser uma trilogia, sendo Sword in the Stars um livro de transição, e tendo a resolução final mais bem desenvolvida em um terceiro livro. Para mim, a única trama que realmente ficou satisfatória foi a de Merlin, que completou o que foi proposto no primeiro volume. Todo o restante ficou raso. O que aconteceu com a Corporação Mercer? E como o resto da galáxia lidou com todos os eventos do primeiro volume? Ficaram várias perguntas na minha cabeça.
De qualquer maneira, os personagens continuam incríveis, a ação é muito boa, e a forma como os cavaleiros arco-íris se encaixaram em Camelot foi muito bem pensada. E toda a resolução dos mistérios de Merlin foi genial.
Foi uma leitura que eu aproveitei bastante, e é uma ótima indicação para quem gosta de aventuras com um elenco diverso, e uma dose de romance – Ari e Gwen são adoráveis, mas Merlin e Val são meus casal favorito!
A sequência, Sword in the Stars, se inicia exatamente onde o primeiro terminou. Ari e seus cavaleiros arco-íris voltaram para o tempo de Camelot a fim de roubar o Cálice Sagrado para entregar à Corporação Mercer, em troca de liberdade para o povo do planeta ancestral de Ari e os refugiados de Lionel, o planeta medieval onde Gwen é rainha. O plano é interceptar o cálice sem mudar nada da história, e voltar para o ponto no tempo de onde vieram, assim Mercer nem saberia que saíram do lugar. Mas nada é tão simples.
A trama basicamente acontece em Camelot, com o grupo tentando lidar com a sociedade medieval e se encaixar em papeis que os possibilitem ficar perto de Artur até o momento em que o Cálice aparece. O que é mais complicado do que eles pensavam, sendo um grupo tão diverso: Jordan não pode lutar como cavaleiro por ser mulher, Gwen precisa esconder sua gravidez, Lem e Ari devem se passar por homens, apesar de Lem ser de gênero fluido e Ari ser uma mulher cis. Ari e Gwen mais uma vez são obrigadas a ficarem separadas, e não apenas por serem duas mulheres apaixonadas.
Apesar dessas dificuldades, foi interessante ver como cada um se adaptou ao seu lugar, principalmente Lem, que vê pessoas que se beneficiariam de solidariedade e que, como todos em seu grupo, não se encaixam no padrão heterossexual- cisgênero da época. Logo de cara Lem coloca embaixo de sua asa um garotinho trans, e começa a promover encontros para pessoas como eles se sentirem mais aceitos e confortáveis em seus corpos.
Eu adoro histórias de viagem no tempo, e adoro a ideia de se infiltrar no passado. Nesse caso, a única pessoa que esteve presente em Camelot foi Merlin, e ele se vê frente à frente com a figura polêmica de seu eu velho, o famoso e poderoso Mago Merlin. É bem engraçado ver esse velho suspeito e o jovem e adoravelmente confuso Merlin lado a lado, uma vez que a versão jovem é quem tem mais conhecimento, e mesmo assim o velho é quem age como um sábio – mesmo sendo meio maluco e obsessivo.
Ou seja, Merlin foi o melhor personagem, na minha opinião. O crescimento dele, de alívio cômico e mentor dos vários Arturs para herói da sua própria história, é imenso nesse livro. Ele encara – literalmente – os erros do passado, busca suas origens e precisa encontrar um jeito de parar de rejuvenescer antes que vire um bebê de fraldas. Sem falar em seu amor por Val, e como ele lida com o fato de estar cada vez mais jovem enquanto seu namorado envelhece normalmente. O Merlin pré-adolescente é hilário, com seus ataques de risinhos cada vez que alguém diz um palavrão e o rubor nas bochechas sempre que Val olha em sua direção.
A outra personagem principal é Ari. No primeiro livro, ela teve que se adaptar ao papel de Artur, lutar contra Mercer, salvar vidas e unir os povos em busca de liberdade, e chegou em bem perto disso. Agora, ela deve assumir outro papel – já que o Artur original está presente – e isso mexe com sua cabeça. Estar longe de Gwen, especialmente durante o período de gravidez, é uma tortura, assim como pensar na possibilidade de o bebê nascer ali, em um período em que medicina e tecnologia não estavam exatamente desenvolvidos caso algo desse errado no parto.
Eu não gostei tanto quanto o primeiro volume, no geral. Senti que a história se desviou um pouco do objetivo inicial, que era levar o cálice para o futuro e convencer a Corporação Mercer a lhes conceder liberdade. No primeiro livro, que se passa no futuro, há viagens espaciais, planetas distantes, povos em perigo, além de magia, e os inimigos eram Mercer e a feiticeira Morgana. Nesse volume, apenas o último ato se passa no futuro, com a história toda se passando em Camelot, e lidando mais com os desenvolvimentos de certos personagens do que com a resolução dos problemas. Além disso, um novo vilão aparece e tudo é resolvido de forma muito rápida.
Acho que essa história merecia ser uma trilogia, sendo Sword in the Stars um livro de transição, e tendo a resolução final mais bem desenvolvida em um terceiro livro. Para mim, a única trama que realmente ficou satisfatória foi a de Merlin, que completou o que foi proposto no primeiro volume. Todo o restante ficou raso. O que aconteceu com a Corporação Mercer? E como o resto da galáxia lidou com todos os eventos do primeiro volume? Ficaram várias perguntas na minha cabeça.
De qualquer maneira, os personagens continuam incríveis, a ação é muito boa, e a forma como os cavaleiros arco-íris se encaixaram em Camelot foi muito bem pensada. E toda a resolução dos mistérios de Merlin foi genial.
Foi uma leitura que eu aproveitei bastante, e é uma ótima indicação para quem gosta de aventuras com um elenco diverso, e uma dose de romance – Ari e Gwen são adoráveis, mas Merlin e Val são meus casal favorito!
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