*Resenha* Supernormal
Baixei esse livro assim que a editora Paralela liberou em formato digital gratuitamente. Não tinha ouvido falar dele, mas fiquei intrigada com a sinopse, e pelo fato de ser de um autor nacional, Pedro Henrique Neschilng.
A história segue Beto, um jovem advogado que tem seu mundinho balançado quando encontra Helena, uma estonteante mulher trans que foi seu melhor amigo de infância.
Beto não só sofre um choque ao pensar na amizade que os dois tinham quando crianças, mas também com a diferença entre as vidas que eles levam agora que são adultos.
É uma visão interessante sobre alguém que está de fora, um homem cis hétero aprendendo sobre privilégios, preconceito, machismo e LGBTfobia.
Helena é a guia de Beto nesse aprendizado. Ela o tira da zona de conforto e, com isso, o faz ver com outros olhos como as pessoas ao seu redor se comportam.
O personagem principal é meio babaca, mas acho que é essa a intenção. Vemos conforme ele vai percebendo isso, se sentindo desconfortável com os comentários idiotas que seus colegas fazem, e isso faz parte do crescimento dele.
A abordagem é bem interessante. É uma história LGBT de autodescoberta, mas não de nenhum personagens LGBT. Ao invés disso, temos Helena e seu grupo de pessoas incríveis e bem resolvidas, levando Beto a perceber o quão limitado seu mundo sempre foi. Ele começa a se perguntar se está na carreteira certa, se seus amigos são pessoas com que ele quer mesmo se relacionar, se ele não está preso ao que esperam dele.
É um tanto perigoso colocar um homem cis hétero como personagem principal de uma história que lida com temática trans. Pode parecer que está tirando o local de fala de autores trans, mas na verdade a história aqui é a de Beto, Helena sendo quem abre as portas para que ele siga a jornada.
Fiquei um pouco incomodada com a linguagem de alguns personagens, porém acredito que seja esse o objetivo, já que o próprio Beto sente-se desconfortável. Mesmo assim, acredito que vale o aviso de linguagem machista e transfobia.
A amizade que Beto e Helena têm é bem fofa, apesar de Beto ser bem babaca em alguns momentos, e esse eu acho que é um dos pontos altos do livro. Duas pessoas que começaram iguais, trilharam caminhos diferentes, e perceberam que suas vidas podem se beneficiar da companhia um do outro. Beto percebe que Helena o torna uma pessoa melhor, faz com que ele queira ser melhor.
Acredito que o livro cumpre bem o papel de enfrentar e desconstruir conceitos preconceituosos por dentro, fazendo alguém perceber seus próprios privilégios.
A história segue Beto, um jovem advogado que tem seu mundinho balançado quando encontra Helena, uma estonteante mulher trans que foi seu melhor amigo de infância.
Beto não só sofre um choque ao pensar na amizade que os dois tinham quando crianças, mas também com a diferença entre as vidas que eles levam agora que são adultos.
É uma visão interessante sobre alguém que está de fora, um homem cis hétero aprendendo sobre privilégios, preconceito, machismo e LGBTfobia.
Helena é a guia de Beto nesse aprendizado. Ela o tira da zona de conforto e, com isso, o faz ver com outros olhos como as pessoas ao seu redor se comportam.
O personagem principal é meio babaca, mas acho que é essa a intenção. Vemos conforme ele vai percebendo isso, se sentindo desconfortável com os comentários idiotas que seus colegas fazem, e isso faz parte do crescimento dele.
A abordagem é bem interessante. É uma história LGBT de autodescoberta, mas não de nenhum personagens LGBT. Ao invés disso, temos Helena e seu grupo de pessoas incríveis e bem resolvidas, levando Beto a perceber o quão limitado seu mundo sempre foi. Ele começa a se perguntar se está na carreteira certa, se seus amigos são pessoas com que ele quer mesmo se relacionar, se ele não está preso ao que esperam dele.
É um tanto perigoso colocar um homem cis hétero como personagem principal de uma história que lida com temática trans. Pode parecer que está tirando o local de fala de autores trans, mas na verdade a história aqui é a de Beto, Helena sendo quem abre as portas para que ele siga a jornada.
Fiquei um pouco incomodada com a linguagem de alguns personagens, porém acredito que seja esse o objetivo, já que o próprio Beto sente-se desconfortável. Mesmo assim, acredito que vale o aviso de linguagem machista e transfobia.
A amizade que Beto e Helena têm é bem fofa, apesar de Beto ser bem babaca em alguns momentos, e esse eu acho que é um dos pontos altos do livro. Duas pessoas que começaram iguais, trilharam caminhos diferentes, e perceberam que suas vidas podem se beneficiar da companhia um do outro. Beto percebe que Helena o torna uma pessoa melhor, faz com que ele queira ser melhor.
Acredito que o livro cumpre bem o papel de enfrentar e desconstruir conceitos preconceituosos por dentro, fazendo alguém perceber seus próprios privilégios.
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