*Resenha* Rick

Esse foi o segundo livro em junho com representatividade assexual, e é um dos livros com maior positividade queer que eu já li. Além disse, é infanto-juvenil, e mostra o quanto histórias como essa são necessárias.

Rick está prestes a iniciar o fundamental II e começa a questionar se seu melhor amigo Jeff é mesmo um cara legal. A história se passa no mesmo universo do outro livro do autor Alex Gino, George, alguns anos depois. A protagonista de George, Melissa, também está na escola com Rick, o que o deixa confuso sobre suas amizades, já que Jeff costumava fazer bullying com Melissa.

Enquanto Rick enfrenta suas dúvidas na escola, ele também começa a visitar o avô todo domingo, descobre interesses em comum e compartilha segredos, de forma que não consegue se conectar com seu pai - e como o pai não se conecta com o avô.

Na escola, Rick vai à reunião do clube Espectro Arco-íris, onde alunos queer se encontram e conversam sobre assuntos que interessam à comunidade. É lá que ele começa a se perguntar se faz parte desse grupo, cria amizades, e a se identificar como assexual. Há todo tipo de identidade e sexualidade no clube, e é o tipo de ambiente que deveria existir em todas as escolas, para que crianças e pré adolescentes queer sintam-se acolhidos.

Isso também dá validação para os sentimentos que esses jovens têm, e que muitas vezes são dispensados por familiares por acharem que são muito novos para saber.

Assim como George, é um livro curtinho e gostoso de ler, cheio de otimismo e representatividade positiva, que trata de amizade - inclusive como algumas podem ser tóxicas -, família e comunidade. Espero muito que seja lançado em breve no Brasil, pois é realmente uma história necessária para leitores mais jovens.

George foi lançado no Brasil pela Record Júnior, e traz uma personagem trans infantil.

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