*Resenha* How to be a Movie Star
Esse mês eu não li só um, mas dois livros com representatividade assexual, e fiquei muito feliz com isso!
How to be a Movie Star se passa no mesmo universo de How to be a Normal Person, que eu resenhei mês passado, e segue o aspirante a ator Josiah Erickson em busca de fama e reconhecimento em Hollywood.
Josy é um raio de sol em forma de gente. Ele é otimista, sorridente e sempre tem um elogio para dar, e é de fato um ator talentoso. É especulado que ele pode estar no espectro autista, por sua interpretação literal de metáforas, honestidade extrema e até uma certa inocência, mas não há confirmação explícita.
Josy é também demissexual - ou seja, só sente atração sexual quando forma um vínculo afetivo - e, quando conhece o escritor Q-Bert, ele fica encantado e quer desesperadamente fazer amizade.
Quincy - nome verdadeiro do Q-Bert - fica confuso e chateado quando Josy não aceita sair com ele, e mais confuso ainda quando Josy aparece para uma audição para o filme que ele está escrevendo.
O desenvolvimento desses dois é adorável. Josy é todo pra cima e tem uma inocência fofa, com seu bigode de vilão de desenho animado, enquanto Quincy é uma pilha de ansiedade e inseguranças, que escreve livros de “monster porn” e quer fazer um filme sobre gays felizes - ao invés de gays trágicos. A amizade deles é fofíssima, e eles nem percebem que basicamente já estão em um relacionamento.
Os personagens de How to be a Normal Person voltam a aparecer quando a produção do filme se muda para a pequena cidade onde Gus e Casey vivem. Podemos ver esse casal maravilhoso novamente, agora morando juntos e ainda completamente apaixonados. Josy insiste que Gus é seu melhor amigo e vai até ele para pedir conselhos sobre como conquistar Quincy - logo para quem! As We Three Queens e Lottie estão hilárias como sempre, e ficam maravilhadas ao verem Josy e Quincy tão ineptos quanto Gus e Casey.
Os amigos de Josy e Casey também têm participações, e Serge e Xander são muito protetores de Josy. Xander não é tão babaca quanto parecia no outro livro, e é realmente um ótimo amigo para Josy, sempre o apoiando e aceitando seu jeito diferente, inclusive enfatizando que não há nada de errado com ele.
A história de T. J. Klune traz situações bizarras de chorar de rir, personagens excêntricos e carismáticos e romances adoráveis - Gus e Casey estão prontos para dar o próximo passo, e é tão fofo quanto se pode imaginar. E, claro, conversas hilárias cheias de maconha.
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