*Resenha* Spellhacker

Eu li The Disasters ano passado e ameimos personagens e a história em geral - além da capa -, então estava bem ansiosa para o novo livro de M. K. England - que também tem uma capa simples mais linda.

Sinopse:

“Em Kyrkarta, magia - conhecida como maz -  já foi um recurso natural disponível gratuitamente. Então, um terremoto liberou uma praga mágica, matando milhares e abrindo caminho para uma corporação gananciosa fazer de maz uma mercadoria que é rigidamente controlada - e, é claro, escandalosamente cara.

E é por isso que Diz e seus três melhores amigos têm um altamente lucrativo, altamente ilegal negócio de sugar maz. O próximo trabalho deveria ser o último assalto de todos.
Mas quando o plano deles descobre uma nova e poderosa linhagem de maz que (literalmente) explode em suas caras, eles são levados a desvendar uma conspiração no centro da praga mágica - e possivelmente salvar o mundo.

Sem pressão.”

Spellhacker é uma mistura de ficção científica com fantasia, ou seja, se passa em um futuro super tecnológico mas também há magia. Esse tipo de conceito é muito divertido, principalmente por que eu sinto que a maioria dos livros trata tecnologia e magia como opostos, e universos mágicos são descritos como antiquados, com carruagens e vestidos de baile, enquanto histórias tecnológicas acontecem no espaço, ou um futuros distópicos.

Aqui, a magia foi integrada na tecnologia. Eu achei bem confuso como “maz” funciona, na verdade. Existem vários tipos, e há pessoas que conseguem controlá-la naturalmente e aqueles que utilizam aparelhos tecnológicos para isso.

Diz é uma hacker que perdeu a família na praga mágica. Ela e seus amigos Remi, Jaesin e Ania utilizam de suas habilidades particulares para invadir instalações de distribuição de maz para roubar os vários tipos, vendendo-os no mercado negro.

Eu queria tanto amar esse livro, mas a confusão sobre como a maz funciona me irritou um pouco, e eu simplesmente não consegui gostar da protagonista, Diz. Cada ação e pensamento dela me fazia pensar que ela era muito egoísta, e não tem a menor empatia como seus amigos.

A trama é mais ou menos como The Disasters, em que um grupo de deslocados é implicado em um evento criminoso e precisa não só limpar seu nome como salvar o mundo/galáxia. 

Dessa vez, porém, eu senti que a causa da confusão foi a falta de comunicação da Diz, que não compartilha com seu grupo seus anseios e medos – ela não quer que os outros mudem de cidade para irem para faculdade, sente que está sento deixada para tráz – nem conversa com Remi sobre seus sentimentos. Sem falar que ela toma atitudes meio impensadas que acabam colocando a vida dos outros em risco, e fica brava quando não concordam com ela.

Acho que eu teria gostado mais se o personagem principal fosse Remi, que tem habilidade de controlar maz naturalmente, mas foi vítima da praga mágica e carrega uma doença debilitante, e cujo sonho é estudar maz e entender suas origens e fundamentos. 

Os personagens secundários, na verdade, foram mais interessantes do que Diz. Suas motivações são pouco exploradas, mas o pouco que apareceram foram promissoras. Gostaria de ver um pouco mais sobre o professor Silva e seu adorável marido John, e até mesmo Davon, primo de Diz que claramente se imposta muito com ela.

O ritmo dos eventos é ágil e equilibrado, mas eu realmente não consegui ignorar minha confusão sobre o funcionamento da maz. Não consegui visualizar em momentos de ataques e lutas e até mesmo desastres. Acho que se o conceito tivesse sido melhor explicado, ou talvez se a história fosse sobre maz, ao invés de isso ser colocado como algo que já conhecemos, eu teria aproveitado mais o livro.

Mesmo assim, estou ansiosa pelos próximos trabalhos de M. K . England, e ainda espero uma continuação para The Disasters – quero ver mais aventuras da tripulação da Swift Kick. Também não diria não a um segundo volume de Spellhacker, especialmente se me trouxer mais clareza sobre maz e o universo do livro – e talvez com uma Diz mais madura e segura de si.

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