*Resenha* The Lost Book Of The White
Neste livro, o bebê Max tem cerca de um ano e o casal está se acostumando a ser pais. Mas nada é simples na vida desses dois, e eles reúnem a gangue para recuperar o Livro Branco, que foi roubado. Alec e Magnus precisam deixar seu bebê pela primeira vez e viajar para Xangai para recuperar o poderoso livro e parar a estranha magia que está afetando portais ao redor do mundo - e a ferida mágica brilhante no peito de Magnus.
Eu esperava uma história mais voltada para os personagens, focada em seu relacionamento um com o outro e com seu filho, as dificuldades de estar longe do bebê pela primeira vez. Mas ao invés disso, foi outro mistério de Caçadores de Sombras, com personagens secundários peculiares - a maioria deles Downworlders -, um vilão incrivelmente poderoso que eles de alguma forma derrotam, e um gancho final que nos deixa querendo mais. É a fórmula Cassandra Clare, que sempre parece funcionar de um jeito ou de outro.
O Livro Branco é roubado logo de início por dois personagens conhecidos dos fãs dos livros, e a missão à Xangai nos apresenta a novos rostos e novas situações. Como a história se passa durante a Paz Fria – aquela época depois da derrota de Sebastian e Lilith, que acabou com os Povos das Fadas sendo considerados traidores, e que dura ao longo da trilogia Os Artifícios das Trevas -, a relação dos Caçadores de Sombras com os Povos do Submundo não é a das melhores. Xangai é uma cidade única em relação aos Povos do Submundo de uma forma bem interessante, assim como a família que comanda o Instituto, a família Ke – a mesma que a mãe do nosso querido Jem pertenceu. Ele, inclusive, faz algumas curtas aparições, em que ele e Magnus mais uma vez conversam sobre imortalidade e viver além dos outros.
A turma toda dos Instrumentos Mortais está presente para a missão: Jace, Clary, Izzy e Simon. Esse último acabou de sair da Academia e ainda está um pouco inseguro com suas habilidades e começa a questionar a mortalidade dos Caçadores de Sombras – por conta do ocorridos com seu amigo George Lovelace no final de Contos da Academia dos Caçadores de Sombras. Isso me fez pensar em como eu gostaria de ler mais sobre Simon, seu relacionamento com Isabelle, como ele lida com tudo o que aconteceu com ele antes de se tornar um Caçador de Sombras – ele foi de mundano para vampiro, para Diurno, para mundano de novo, sem memorias, antes de iniciar na Academia. Esse livro aborda um pouco disso, mas gostaria que fosse explorado mais.
Sobre Magnus e Alec, eles estão bem seguros de si, em relação ao relacionamento e o futuro. Quem já leu os outros livros sabe que eles adotarão outro filho e se casarão legalmente, então essa história é meio que sem risco nenhum. Sabemos que por mais perigosas que as situações sejam, eles vão sair delas – e os outros personagens também, sabemos que Jace, Clary, Izzy, Simon e outros fazem parte da trilogia os Artifícios das Trevas, que se passa depois.
Acho que esse é o problema com prelúdios. Os riscos não importam quando sabemos que vai ficar tudo bem lá na frente, então a história não deveria ser sobre isso. Eu gostaria muito mais de ver Alec e Magnus lidando com as primeiras manifestações de magia de Max, como eles equilibram os trabalhos com a vida em família. Adoraria ver reuniões da Aliança com Alec, Lily Chen e Maia Roberts, e como a amizade entre os três mudou todo o cenário do Submundo de Nova York. Ao invés de uma grande batalha contra mais um vilão demoníaco e/ou especicista.
Sei lá, talvez seja só eu.
De qualquer forma, o livro é legal, como todos os outros das Crônicas dos Caçadores de Sombras. Acho que esse mais do mesmo é que me incomodou.
O primeiro livro da série As Maldições Ancestrais, Os Pergaminhos Vermelhos da Magia, foi publicado pela editora Galera Record, que em breve deve trazer esse também!
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