*Resenha* The Bridge
Não preciso dizer mais uma vez que amo os livros de Bill Konigsberg, mas aqui estou mesmo assim. Eu li este para o #setembroamarelo, uma campanha mundial de prevenção ao suicídio. The Bridge lida com saúde mental, pensamentos suicidas e suicídio, então alerta de gatilho.
Aaron e Tillie se encontram na Ponte George Washington quando estão prestes a pular. Aqui a história se divide em quatro resultados possíveis: apenas Tillie pula, apenas Aaron pula, ambos pulam ou ninguém pula. Cada possível futuro mostra como as pessoas ao seu redor seriam afetadas por suas mortes, seus pais, irmãos e amigos, pessoas que viriam encontrar e situações pelas quais passariam se tivessem vivido.
É uma história muito comovente e muito sensível. Aaron e Tillie têm personalidades e problemas diferentes, e ainda assim eles se encontram - e um ao outro - no mesmo ponto. Ambos são jovens muito doces que sentem que não são amados, apesar de terem pessoas em suas vidas tentando constantemente provar que são.
Não tem muito romance, até por que a história é sobre os dois se tornarem mentalmente estáveis e buscarem formas de ficar saudáveis. Aaron é gay assumido, mas tem problemas de autoconfiança, não tem amigos próximos e sente que ninguém se importa com ele - além de seu pai, que faz tudo para tentar apoiar o filho. Tillie é asiática e gorda, e os problemas de autoimagem são só o começo de suas preocupações - por ser filha adotiva de uma família branca, ela se sente rejeitada pelo pai depois do nascimento da irmã mais nova, que a idolatra.
O livro traz a importância de ter um sistema de apoio e que não há nada de errado em pedir ajuda. Às vezes, ajuda profissional é necessária, e não há vergonha nisso, nem em tomar medicamentos quando necessário.
Ainda há tanto estigma sobre saúde mental em geral que histórias como esta são necessárias para abrir a comunicação sobre o assunto.
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