*Resenha* Boyfriend Material
Fiquei interessada neste livro de Alexis Hall desde o momento em que li a sinopse. Relacionamento falso é um dos meus clichês favoritos, e este parecia promissor: Luc, filho de uma estrela do rock, precisa de um namorado falso para ser visto como uma pessoa séria; entra Oliver, que é respeitável e também precisa de um namorado falso.
O pai de Luc é um ex-astro do rock que está tentando voltar, então Luc está de repente no centro das atenções, mesmo que ele não conheça seu pai. Uma série de artigos nada lisonjeiros pintou Luc como uma bagunça, então a instituição de caridade para a qual ele trabalha precisa que ele encontre um namorado respeitável para que os doadores homofóbicos pensem que ele é “o tipo certo de gay”.
Bem, isso parece problemático, e o próprio Luc aponta isso em várias ocasiões. Mas Luc acredita tanto que ele é de fato uma bagunça que aceita essa imposição ridícula - ele acha que nenhuma outra empresa o contrataria se ele deixasse seu emprego atual.
Oliver parece apto para a tarefa de namorado falso perfeito. Ele é um advogado, vegetariano, de boa família, bonito e fala como se estivesse no tribunal o tempo todo. E ele também precisa de um namorado para acompanhá-lo a um evento familiar. Se Luc e Oliver conseguirem se aguentar, o esquema pode funcionar.
Existem vários temas problemáticos, mas eu acredito que todos sejam abordados da forma satisfatória. Além da história do “tipo certo de gay”, também tem os pais de Oliver, que são psicologicamente abusivos, sempre o diminuindo e reclamando de suas escolhas, o fato de Oliver possivelmente ter um distúrbio alimentar e de que os dois não estão tão saudáveis mentalmente como deveriam.
Luc e Oliver têm problemas de confiança e isso desempenha um grande papel na história. Eles precisam aprender a confiar, ouvir e perdoar, não apenas um ao outro, mas a si próprios também.
É uma história fofa sobre dois desastres gays aprendendo como organizar suas vidas, com a ajuda de seus grandes amigos e da incrível mãe de Luc. Eles também percebem seu próprio valor e que não devem confiar nas opiniões de outras pessoas sobre eles.
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