*Resenha* Monstros da Violência
Essa duologia da autora Victoria Schwab me fisgou desde a capa. Eu já conhecia o trabalho dela com os livros Vilão e Um Tom Mais Escuro de Magia, o primeiro que eu gostei muito e o segundo que eu arrastei um pouco a leitura e vou precisar reler. Sendo assim, antes do começo dessa leitura eu estava em cima do muro, mas não demorou para não conseguir largar o primeiro volume da duologia e em seguida já devorar o segundo. As edições brasileiras são da editora Seguinte, e as capas são lindas.
💜A Melodia Feroz
💜 O Dueto Sombrio
Sinopse do primeiro livro:
“Kate Harker e August Flynn vivem em lados opostos de uma cidade dividida entre Norte e Sul, onde a violência começou a gerar monstros de verdade. Eles são filhos dos líderes desses territórios inimigos e seus objetivos não poderiam ser mais diferentes. Kate sonha em ser tão cruel e impiedosa quanto o pai, que deixa os monstros livres e vende proteção aos humanos. August também quer ser como seu pai: um homem bondoso que defende os inocentes. O problema é que ele é um dos monstros, capaz de roubar a alma das vítimas com apenas uma nota musical. Quando Kate volta à cidade depois de um longo período, August recebe a missão de ficar de olho nela, disfarçado de um garoto comum. Não vai ser fácil para ele esconder sua verdadeira identidade, ainda mais quando uma revolução entre os monstros está prestes a eclodir, obrigando os dois a se unir para conseguir sobreviver.”
No mundo em que se passa a história, atos de violência tomam formas físicas de monstros. Os Corsais são sensíveis à luz e se alimentam de sangue e carne; os Malchais são criados a partir de assassinatos, e se alimentam de sangue, tendo forma quase humana; e os Sunais se alimentam das almas das pessoas, e podem se passar por humano. Isso é uma analogia sobre como a violência da raça humana é de fato violência contra a humanidade, ou seja, violência gera violência.
Na cidade de Veracidade, a população é assolada por esses monstros gerados pela violência humana. O território é dividido entre Norte e Sul, cada um líder e ideais sobre como melhor proteger as pessoas. Ao Norte, Callum Harker fez acordos com os Malchais e Corsais e vende proteção àqueles que podem pagar, enquanto os que não podem são presas liberadas aos monstros. Ao Sul, Henry Flynn criou um exército para lutar e proteger pessoas inocentes, e tem os Sunai como aliados.
Kate é a filha do líder do lado Norte e tenta de toda forma convencer o pai que é impiedosa e que pertence ao seu lado para comandar a cidade. Ela cresceu acreditando que seu dever é matar monstros, sem nunca prestar atenção aos humanos ao seu redor.
De início achei Kate meio unidimensional, a típica bad girl para contrastar com todas as garotinhas indefesas da literatura, mas ao longo da trama ela cresce, se questiona, se abre para novas descobertas e percebe que há mais em sua vida do que um caminho sangrento. Ela pode ser mais que uma matadora, pode ser uma protetora.
August é meu favorito. Filho adotivo de Henry Flynn, August é um Sunai e, dessa forma, não é humano, apesar de parecer um. Os capítulos narrados por ele são cheios de angústia e questionamentos, uma vez que August quer com todo seu coração ser humano, ao mesmo tempo que é sempre lembrado por tudo ao seu redor de que é um monstro. Os Sunais utilizam música para colher as almas de pessoas “pecadoras”, e August detesta precisar se alimentar. Ele toca o violino para trazer as almas à superfície, e sua música lhe traz paz e sofrimento ao mesmo tempo.
Não são apenas dois lados de uma guerra, mas a duologia também apresenta dois pontos de vista contrastantes. Kate quer ser monstruosa, mesmo sendo apenas humana, enquanto August, que é um monstro, clama por humanidade.
Ao longo dos dois livros, os dois crescem e evoluem de forma muito orgânica na narrativa. As decisões que eles tomam têm sempre consequências com as quais eles precisam lidar, e isso afeta diretamente seu comportamento. Os dois são profundamente humanos, em suas imperfeições.
Os personagens secundários são meio a meio. Alguns são desenvolvidos mais a fundo, como os outros Sunais, Leo, Ilsa e Soro, ou os Malchais Sloan e Alice, mas a maioria é apenas um monte de nomes que não tem grande impacto na história a não ser pessoas e corpos ao fundo. Não que isso afete a narrativa, afinal, o crescimento de Kate e August é o que leva a trama.
Achei a construção do mundo muito original. Uma leitura fluida que vale a pena conferir.
💜A Melodia Feroz
💜 O Dueto Sombrio
Sinopse do primeiro livro:
“Kate Harker e August Flynn vivem em lados opostos de uma cidade dividida entre Norte e Sul, onde a violência começou a gerar monstros de verdade. Eles são filhos dos líderes desses territórios inimigos e seus objetivos não poderiam ser mais diferentes. Kate sonha em ser tão cruel e impiedosa quanto o pai, que deixa os monstros livres e vende proteção aos humanos. August também quer ser como seu pai: um homem bondoso que defende os inocentes. O problema é que ele é um dos monstros, capaz de roubar a alma das vítimas com apenas uma nota musical. Quando Kate volta à cidade depois de um longo período, August recebe a missão de ficar de olho nela, disfarçado de um garoto comum. Não vai ser fácil para ele esconder sua verdadeira identidade, ainda mais quando uma revolução entre os monstros está prestes a eclodir, obrigando os dois a se unir para conseguir sobreviver.”
No mundo em que se passa a história, atos de violência tomam formas físicas de monstros. Os Corsais são sensíveis à luz e se alimentam de sangue e carne; os Malchais são criados a partir de assassinatos, e se alimentam de sangue, tendo forma quase humana; e os Sunais se alimentam das almas das pessoas, e podem se passar por humano. Isso é uma analogia sobre como a violência da raça humana é de fato violência contra a humanidade, ou seja, violência gera violência.
Na cidade de Veracidade, a população é assolada por esses monstros gerados pela violência humana. O território é dividido entre Norte e Sul, cada um líder e ideais sobre como melhor proteger as pessoas. Ao Norte, Callum Harker fez acordos com os Malchais e Corsais e vende proteção àqueles que podem pagar, enquanto os que não podem são presas liberadas aos monstros. Ao Sul, Henry Flynn criou um exército para lutar e proteger pessoas inocentes, e tem os Sunai como aliados.
Kate é a filha do líder do lado Norte e tenta de toda forma convencer o pai que é impiedosa e que pertence ao seu lado para comandar a cidade. Ela cresceu acreditando que seu dever é matar monstros, sem nunca prestar atenção aos humanos ao seu redor.
De início achei Kate meio unidimensional, a típica bad girl para contrastar com todas as garotinhas indefesas da literatura, mas ao longo da trama ela cresce, se questiona, se abre para novas descobertas e percebe que há mais em sua vida do que um caminho sangrento. Ela pode ser mais que uma matadora, pode ser uma protetora.
August é meu favorito. Filho adotivo de Henry Flynn, August é um Sunai e, dessa forma, não é humano, apesar de parecer um. Os capítulos narrados por ele são cheios de angústia e questionamentos, uma vez que August quer com todo seu coração ser humano, ao mesmo tempo que é sempre lembrado por tudo ao seu redor de que é um monstro. Os Sunais utilizam música para colher as almas de pessoas “pecadoras”, e August detesta precisar se alimentar. Ele toca o violino para trazer as almas à superfície, e sua música lhe traz paz e sofrimento ao mesmo tempo.
Não são apenas dois lados de uma guerra, mas a duologia também apresenta dois pontos de vista contrastantes. Kate quer ser monstruosa, mesmo sendo apenas humana, enquanto August, que é um monstro, clama por humanidade.
Ao longo dos dois livros, os dois crescem e evoluem de forma muito orgânica na narrativa. As decisões que eles tomam têm sempre consequências com as quais eles precisam lidar, e isso afeta diretamente seu comportamento. Os dois são profundamente humanos, em suas imperfeições.
Os personagens secundários são meio a meio. Alguns são desenvolvidos mais a fundo, como os outros Sunais, Leo, Ilsa e Soro, ou os Malchais Sloan e Alice, mas a maioria é apenas um monte de nomes que não tem grande impacto na história a não ser pessoas e corpos ao fundo. Não que isso afete a narrativa, afinal, o crescimento de Kate e August é o que leva a trama.
Achei a construção do mundo muito original. Uma leitura fluida que vale a pena conferir.
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