*Resenha* The Conqueror’s Saga
Minha primeira resenha de 2020 será sobre essa trilogia que me pegou de surpresa e me deixou levemente obcecada.
💜And I Darken
💜Now I Rise
💜Bright We Burn
Os três livros da autora Kiersten White foram lançados em português pela Plataforma21, sob os títulos Filha das Trevas, Dona do Poder e Senhora do Fogo.
Eu particularmente não sou fã desses títulos, uma vez que me dão impressão de livros de fantasia, o que não é o caso.
A saga é, na realidade, ficção história da melhor qualidade, inserindo o máximo de fatos reais para tornar a história mais intensa.
Sinopse do primeiro volume:
“Ninguém espera que uma princesa seja brutal. Lada Dragwyla e o irmão mais novo, Radu, foram arrancados de seu lar em Valáquia e abandonados pelo pai – o famigerado Vlad Dracul – para crescer na corte otomana. Desde então, Lada aprendeu que a chave para a sobrevivência é não seguir as regras. E, com uma espada invisível ameaçando os irmãos a cada passo, eles são obrigados a agir como peças de um jogo: a mesma linhagem que os torna nobres também os torna alvo. Lada despreza os otomanos. Em silêncio, planeja o retorno a Valáquia para reclamar aquilo que é seu. Radu, por outro lado, que apenas se sentir seguro, seja onde for. E quando eles conhecem Mehmed, o audacioso e solitário filho do sultão, Radu acredita ter encontrado uma amizade verdadeira – e Lada vislumbra alguém que, por fim, parece merecedor de sua devoção. Mas Mehmed é herdeiro do mesmo império contra o qual Lada jurou vingança – e que Radu tomou como lar. Juntos, Lada, Radu e Mehmed formam um tóxico e inebriante triângulo que tensiona ao limite os laços do amor e da lealdade. Sombrio e devastador, este é o primeiro livro da mais nova série de Kiersten White. Cabeças vão rolar, corpos serão empalados... e corações serão partidos.
Lada Dracul é a reimaginação da figura histórica que deu origem a lenda do Conde Drácula, o famigerado Vlad O Impalador.
Transformar um personagem tão cruel e violento em uma mulher é uma ótima forma de reverter as expectativas em relação ao comportamento esperado de uma mulher em meados do século 15. Isso torna a jornada de Lada muito mais complicada, pois todos os governantes da época eram homens, e o papel de uma mulher era definido por sua habilidade de gerar herdeiros. Vê-la tornar-se cada vez mais impiedosa para conseguir respeito e aceitação de tropas e lealdade do povo de Valáquia é compreensível em um mundo em que a violência dos atos de guerra é um traço que define um bom líder. O que ela mais quer é tomar o território de Valáquia, sua terra natal, que ela sente que pertence a ela, e suas ações todas refletem esse desejo.
Meu personagem favorito, porém, é Radu The Handsome, que percebe que sua força existe nas sutis interações entre nobres para ajudar os interesses do sultão Mahmed II. Radu utiliza de sorrisos e frases bem elaboradas para conseguir o favor e confiança de quem quer que precise, e sabe o quão bom é nisso. Sua única fraqueza é o amor que nutre por Mahmed, e é esse sentimento que direciona a maioria de suas decisões.
Uma das partes que eu mais gostei ao longo da foi a diferença das culturas e religiões entre os territórios cristãos e muçulmanos, e como os personagens reagem a essas diferenças. Foi muito interessante ver como a religião se torna tão importante para Radu, ao mesmo tempo que faz com que Lada se sinta ressentida com o irmão por conta disso.
A trilogia conta também com personagens LGBT, representação importante de como pessoas não hétero eram vistas na época, e como se relacionavam umas com as outras. O romance da saga fica por conta destes personagens, e é tão puro e adorável que é impossível não torcer para que tudo dê certo. Outro ponto interessante é que existem teorias sobre as personalidades reais que deram origem aos personagens de que estes de fato tiveram relacionamentos com pessoas do mesmo sexo.
Gostei muito da trilogia e é uma ótima indicação para quem gosta de ficção histórica, ou simplesmente de uma boa história cheia de aventura, tramas políticas e personagens incrivelmente bem estruturados. Estou louca para comprar as edições físicas e para ler os outros livros da autora.
Vocês curtem ficção histórica? Qual a sua época favorita para ambientar a história? Contem suas opiniões no insta @sherlockreads_
💜And I Darken
💜Now I Rise
💜Bright We Burn
Os três livros da autora Kiersten White foram lançados em português pela Plataforma21, sob os títulos Filha das Trevas, Dona do Poder e Senhora do Fogo.
Eu particularmente não sou fã desses títulos, uma vez que me dão impressão de livros de fantasia, o que não é o caso.
A saga é, na realidade, ficção história da melhor qualidade, inserindo o máximo de fatos reais para tornar a história mais intensa.
Sinopse do primeiro volume:
“Ninguém espera que uma princesa seja brutal. Lada Dragwyla e o irmão mais novo, Radu, foram arrancados de seu lar em Valáquia e abandonados pelo pai – o famigerado Vlad Dracul – para crescer na corte otomana. Desde então, Lada aprendeu que a chave para a sobrevivência é não seguir as regras. E, com uma espada invisível ameaçando os irmãos a cada passo, eles são obrigados a agir como peças de um jogo: a mesma linhagem que os torna nobres também os torna alvo. Lada despreza os otomanos. Em silêncio, planeja o retorno a Valáquia para reclamar aquilo que é seu. Radu, por outro lado, que apenas se sentir seguro, seja onde for. E quando eles conhecem Mehmed, o audacioso e solitário filho do sultão, Radu acredita ter encontrado uma amizade verdadeira – e Lada vislumbra alguém que, por fim, parece merecedor de sua devoção. Mas Mehmed é herdeiro do mesmo império contra o qual Lada jurou vingança – e que Radu tomou como lar. Juntos, Lada, Radu e Mehmed formam um tóxico e inebriante triângulo que tensiona ao limite os laços do amor e da lealdade. Sombrio e devastador, este é o primeiro livro da mais nova série de Kiersten White. Cabeças vão rolar, corpos serão empalados... e corações serão partidos.
Lada Dracul é a reimaginação da figura histórica que deu origem a lenda do Conde Drácula, o famigerado Vlad O Impalador.
Transformar um personagem tão cruel e violento em uma mulher é uma ótima forma de reverter as expectativas em relação ao comportamento esperado de uma mulher em meados do século 15. Isso torna a jornada de Lada muito mais complicada, pois todos os governantes da época eram homens, e o papel de uma mulher era definido por sua habilidade de gerar herdeiros. Vê-la tornar-se cada vez mais impiedosa para conseguir respeito e aceitação de tropas e lealdade do povo de Valáquia é compreensível em um mundo em que a violência dos atos de guerra é um traço que define um bom líder. O que ela mais quer é tomar o território de Valáquia, sua terra natal, que ela sente que pertence a ela, e suas ações todas refletem esse desejo.
Meu personagem favorito, porém, é Radu The Handsome, que percebe que sua força existe nas sutis interações entre nobres para ajudar os interesses do sultão Mahmed II. Radu utiliza de sorrisos e frases bem elaboradas para conseguir o favor e confiança de quem quer que precise, e sabe o quão bom é nisso. Sua única fraqueza é o amor que nutre por Mahmed, e é esse sentimento que direciona a maioria de suas decisões.
Uma das partes que eu mais gostei ao longo da foi a diferença das culturas e religiões entre os territórios cristãos e muçulmanos, e como os personagens reagem a essas diferenças. Foi muito interessante ver como a religião se torna tão importante para Radu, ao mesmo tempo que faz com que Lada se sinta ressentida com o irmão por conta disso.
A trilogia conta também com personagens LGBT, representação importante de como pessoas não hétero eram vistas na época, e como se relacionavam umas com as outras. O romance da saga fica por conta destes personagens, e é tão puro e adorável que é impossível não torcer para que tudo dê certo. Outro ponto interessante é que existem teorias sobre as personalidades reais que deram origem aos personagens de que estes de fato tiveram relacionamentos com pessoas do mesmo sexo.
Gostei muito da trilogia e é uma ótima indicação para quem gosta de ficção histórica, ou simplesmente de uma boa história cheia de aventura, tramas políticas e personagens incrivelmente bem estruturados. Estou louca para comprar as edições físicas e para ler os outros livros da autora.
Vocês curtem ficção histórica? Qual a sua época favorita para ambientar a história? Contem suas opiniões no insta @sherlockreads_
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