*Resenha* Raybearer
Primeira resenha de 2021!
Eu estava bem animada para iniciar dezembro com essa leitura. O livro de estreia da fofíssima Jordan Ifueko estava no meu radar há meses, e não decepcionou.
Tarisai foi criada para fazer parte do conselho do futuro imperador. Caso ela seja escolhida, o príncipe a terá como conselheira e eles, além dos outros escolhidos, serão unidos por magia. O amor do conselho pelo príncipe o torna invulnerável para o mundo, e ele só pode ser ferido ou morto por um dos membros do seu conselho. Tarisai foi criada para isso: se tornar parte do conselho e assassinar o futuro imperador.
Parece mais uma história de competição entre jovens, certo? Mas não é, já que o que une o conselho de 11 do imperador é o amor, e é impossível fingir isso.
Tarisai foi enviada ao palácio aos onze anos. Sua mãe ordenou que ela matasse o príncipe assim que fosse escolhida, e há uma força que compele Tarisai a fazer o que lhe foi ordenado. Mesmo que ela não queira, mesmo que ela se torne amiga do príncipe Akondayo, mesmo que ela o ame, não há como impedir a ordem de ser cumprida.
Tarisai é inocente e ingênua no início, e vai descobrindo sobre sua origem e seu propósito ao longo da narrativa, que acompanha vários anos de sua vida no Palácio das Crianças, ao lado do príncipe Dayo. Ela quer se libertar do controle da mãe, pois não quer matar seu melhor amigo, e a busca por essa liberdade a leva a desvendar segredos terríveis.
A história incorpora política e religião nesse império fantástico, em uma forte crítica ao colonialismo e a erradicação de culturas e tradições, até fatos históricos, de povos conquistados. Igualdade não quer dizer tirar os diretos a tradições diferentes e substituir por algo “universal”.
O mundo diverso e colorido que foi criado aqui é muito singular e muito completo. A narrativa não utiliza de clichês, e vai surpreendendo a cada página. Não há romance forçado, nem triângulo amoroso desnecessário. O ritmos é uma ótima combinação de ação e cenas de exposição. A única coisa que me impediu de dar 5 estrelas foi que eu achei que faltou um pouco explorar os membros do conselho de Dayo. Além do príncipe e de Tarisai, apenas dois outros são apresentados mais a fundo, enquanto os outros são só nomes que aparecem de vez em quando.
Espero que o próximo volume traga mais profundidade nessa parte. O final foi um gancho muito bom que me deixou bem ansiosa para ler a continuação.
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